terça-feira, 26 de julho de 2011

Encontrado fóssil de fêmea de lagarto grávida com 120 milhões de anos

Um equipa de cientistas encontrou na China um fóssil de um lagarto fêmea grávida que viveu no período Cretáceo, há 120 milhões de anos. O fóssil com 30 centímetros de comprimento apresenta mais de uma dezena de embriões e é o mais antigo fóssil do género alguma vez encontrado.



Yuan Wang, da Academia de Ciências da China, quando estava a examinar o fóssil descobriu os vestígios de pelos menos 15 embriões praticamente desenvolvidos. O fóssil está tão bem preservado que até os dentes minúsculos dos embriões podem ser vistos.

A fêmea de lagarto foi identificada como yabeinosauro, um lagarto grande e relativamente primitivo e a descoberta foi divulgada na revista especializada Naturwissenschaften.

A equipa da University College London que estudou o fóssil afirmou que quando esta fêmea morreu estava apenas a alguns dias de ter as crias. 

Este réptil é especialmente interessante porque pertence a um grupo pouco comum de répteis vivíparos. Actualmente, apenas 20% dos lagartos e cobras pertencem a este grupo.

Os cientistas pensavam que os répteis víviparos extintos eram apenas aquáticos. “Sabemos que este lagarto vivia perto da água e achamos provável que conseguisse nadar mesmo se vivesse em terra", afirmou a professora Susan Evans, da University College London. “Faria sentido, uma vez que uma fêmea de lagarto grávida ficaria menos limitada por carregar as suas crias. Seria capaz de escapar para a água se um dinossauro faminto se aproximasse.”

O fóssil foi encontrado no nordeste da China, num grupo de rochas sedimentares chamado Jehol, famoso por ser um local onde já foram encontrados centenas de fósseis de dinossauros, peixas, anfíbios, répteis, aves e mamíferos.


quarta-feira, 13 de julho de 2011


Descoberto o último dinossauro antes da grande extinção

Estudo publicado na revista Biology Letters


A era dos dinossauros terminou com um meteorito há 65 milhões de anos, mas havia dúvidas se os répteis gigantes já não estariam em declínio antes, por falta de fósseis encontrados nos sedimentos daquela altura. Mas a descoberta de um dinossauro da família dos triceratops com cerca de 65 milhões de anos põe de lado esta questão. O artigo que descreve o fóssil foi agora publicado na revista Biology Letters.

Os dinossauros dominaram a Terra durante 165 milhões de anos, no Mesozóico. Depois, no final do Cretácico, um meteorito bateu contra a Terra e extinguiu estes répteis e muitos outros seres-vivos.

Os investigadores são capazes de encontrar nos sedimentos a camada associada à altura da colisão do meteorito por ter características especiais. Mas, nos três metros abaixo desta camada não se tinham encontrado fósseis de dinossauros, esta ausência fez com que vários cientistas pusessem a hipótese de que estes animais já estavam em declínio muito tempo antes da grande colisão.
A descoberta de um fóssil feita agora na formação geológica de Hell Creek, em Montana, nos Estados Unidos, põe fim a esta ausência de fósseis. “O facto de este espécime estar tão perto da fronteira indica que pelo menos alguns dinossauros estavam numa situação boa até ao momento do impacto”, disse em comunicado Tyler Lyson, da Universidade de Yale, que liderou o estudo.O fóssil é um corno de um indivíduo que faz parte dos ceratopsia, o grupo de dinossauros que inclui os famosos triceratops. 
O osso fossilizado estava apenas a 15 centímetros da fronteira entre o Cretácico e o Terciário – o período de tempo que veio a seguir à era dos dinossauros, dominado pelos mamíferos – o que significa que viveu entre dezenas de milhares de anos e alguns milhares de anos antes do impacto.O fóssil está enterrado em rochas sedimentares de uma planície de inundação de um rio que, naquela altura, passaria pela região. Por isso, não há o perigo de ter sido remexido por processos geológicos e ser de uma altura anterior. “Esta descoberta é uma prova que os dinossauros não morreram lentamente antes da colisão do meteorito”, disse Lyson.Quando os cientistas descobriram o dinossauro, em 2010, pensaram que ele estava mais distante da fronteira associada ao impacto meteorítico. 
Mas quando mandaram analisar os sedimentos, descobriram que estava muito mais perto da fronteira. A equipa vai agora analisar outros fósseis que parecem também estar juntos daquela camada. Tyler Lyson suspeita que esta ausência de fósseis nos três metros abaixo da fronteira entre o Cretácico e o Terciário é um erro científico, e que muitos fósseis já encontrados possam estar mais perto desta camada do que se pensava. “Seremos capazes de verificar isso utilizando técnicas de análise de solo mais sofisticadas do que as estimativas de localização da fronteira que são feitas somente com base nas observações de campo, que é o que tem acontecido no passado”, disse o cientista.

terça-feira, 5 de julho de 2011

sexta-feira, 1 de julho de 2011


O Atalho


Cartaz do Filme

1845. Três famílias de pioneiros contratam Stephen Meek, um guia com experiência no terreno, para os auxiliar a transpor a Cordilheira das Cascatas, no deserto de Oregon, EUA. Confiantes e esperançosos, seguem-no por um atalho sem imaginar que ele se perderia no deserto e os levaria ao pesadelo. Sem água nem mantimentos, aquele grupo vai ter de encontrar forças e estratégias básicas que lhes permita sobreviver àquele lugar inóspito. E, quando se cruzam com um indígena, todos vacilam entre confiar num guia que se tem revelado pouco digno ou em alguém que, apesar de mais apto naquele território árido, acreditam ser um adversário natural. Um western com realização de Kelly Reichardt ("Old Joy", "Wendy and Lucy") e argumento de Jonathan Raymond, baseado em diários dos pioneiros encontrados no estado do Oregon. É também uma reflexão sobre as origens dos Estados Unidos e o papel das mulheres na expansão do Oeste americano.
http://cinecartaz.publico.pt/filme.asp?id=287159